Os colecionadores de plantas são muitos entre nós. Pode até não parecer, já que nem todas as pessoas costumam ter plantas em seus lares.
Porém, com o passar do tempo, muitas pessoas começaram a encarar os jardins como mais do que apenas um gosto ou hobby, e sim algo que deveria ser levado a sério.
Cuidar das plantas é uma atividade que traz muitos benefícios para quem a pratica, destacando-se, principalmente, suas vantagens terapêuticas.
Mais do que isso, a atividade originou as coleções de espécies raras e exóticas, criando uma busca por plantas diferentes que, além de divertida, é também muito fascinante.
A maioria dos colecionadores preza pelas variedades tropicais, em sua maioria nativas do Brasil, mas difíceis de serem encontradas. Algumas das espécies buscadas pelos colecionadores de plantas também estão em risco de extinção, circulando de forma muito restrita pelo mercado.
Quais são as espécies mais buscadas pelos colecionadores de plantas?
Dentre as mais queridinhas dos colecionadores, a família Araceae se destaca. Afinal, as plantas contam com folhagens densas e em formatos muito belos, ótimas para se terem em coleções.
Além disso, espécies como a Philodendron melanochrysum, Anthurium brownii, Philodendron verrucosum, Anthurium leuconeurum, Monstera variegata e Monstera adansonii laniata também figuram entre as mais desejadas e as espécies podem custar de R$ 160 a R$ 2,5 mil.
Da mesma forma, existem algumas espécies importadas, que são cultivadas fora do país e são lançadas em território nacional em grandes intervalos de tempo.
Aliás, vale ressaltar também que especialistas no cultivo de plantas afirmam que o Brasil conta com uma política muito severa de plantas, o que dificulta o comércio de espécies raras – e, claro, só aumenta o desejo dos colecionadores de plantas.
Isso não significa que o país não seja a terra natal de algumas das espécies mais desejadas ao redor do mundo. É o caso, por exemplo, da espécie Philodendron spiritus-sancti.
A planta é cultivada apenas no Espírito Santo e foi classificada em perigo de extinção pelo Centro Nacional de Conservação da Flora.
Desde o ano 2000, as espécimes não são mais encontradas na natureza. Ainda assim, ela também é muito rara em coleções urbanas e seu valor pode bater U$ 5 mil em leilões nos Estados Unidos.
Para os colecionadores de plantas, espécies como esta são chamadas de “unicórnios”, justamente porque são muito difíceis de serem encontradas.
Colecionadores de suculentas são cada vez mais comuns
Uma planta que geralmente dá início ao processo de colecionar espécies é a suculenta. Afinal, as suculentas e cactos são queridinhas dos brasileiros e se tornaram verdadeiras febres no Instagram e em outras redes sociais.
Um grande exemplo deste fenômeno é o perfil Suculentas do Pantaneiro, comandado por Heriberto Gimenês Junior. Para ele, cuidar das plantinhas é uma terapia que se tornou ainda mais importante durante a pandemia.
Na página, ele ajuda outros colecionadores de plantas com dicas de cuidados, como identificar as espécies e muito mais. Até o momento, ele já conta com 170 unidades de suculentas em seu quintal.
Por serem plantas baratas e fáceis de cuidar, é fácil entender por que as suculentas são o ponto de partida para começar uma coleção.
Suas variedades costumam se adaptar bem até mesmo em ambientes fechados, precisando ser regadas pouquíssimas vezes. Logo, quem é iniciante no cultivo e plantio consegue mantê-las sem grandes problemas.
Vale ressaltar também que as redes sociais se tornaram pontos de encontro entre os maiores colecionadores de plantas do Brasil e do mundo.
Em plataformas como o Instagram e o Facebook, é possível encontrar pessoas de diferentes locais que compartilham os seus achados e fazem trocas de espécies raras para ampliar a coleção e compartilhar o conhecimento obtido na busca.