O financiamento de uma casa representa a realização de um grande objetivo: afinal, a maioria das pessoas tem o sonho de uma moradia própria.
Porém, apesar de o financiamento ser a forma mais escolhida pelas pessoas e de os bancos facilitarem bastante a sua realização, é claro que um compromisso financeiro desse porte faz com que seja preciso atender a certos requisitos.
Uma das coisas que os bancos verificam com muito cuidado é a renda e a estabilidade de quem está tentando assumir um financiamento de uma casa (nesse caso, também acontece o mesmo se o financiamento for de um apartamento).
O motivo de os bancos levarem tão em conta o salário de quem financia é ter a certeza de que o compromisso das parcelas será honrado. É importante ficar esperto pois a demissão pode se tornar um pesadelo para quem financiou um imóvel confiando no salário.
Afinal, o banco assume a compra do imóvel e precisa ser ressarcido pelo cliente que está financiando.
A seguir, você verá quais são os salários recomendados para financiar uma casa em diferentes contextos.
Minha Casa Minha Vida
O Minha Casa Minha Vida é uma forma de as pessoas conseguirem moradias populares e, devido a isso, o governo solicita um salário bem mais baixo.
Na realidade, a família inteira precisa ter até R$ 7.000 de renda para ser elegível a uma moradia do Minha Casa Minha Vida. Dessa maneira, pessoas que recebam R$ 2.000 por mês, por exemplo, já são aceitas no financiamento oferecido pelo governo federal.
É por causa disso que esse programa habitacional é uma das saídas mais coerentes para quem precisa de uma casa ou apartamento, mas tem uma renda baixa.
E outros financiamentos?
Já os outros tipos de financiamentos de casa funcionam de uma maneira diferente no que diz respeito ao salário recomendado.
Como eles não são destinados a pessoas de baixa renda, a média de salário necessária passa a ser de acordo com o valor do imóvel que será financiado.
Dessa maneira, quanto mais cara for a casa ou o apartamento que a pessoa deseja financiar, maior terá que ser o seu salário para que o banco de fato concorde com o financiamento imobiliário.
No entanto, é importante reforçar que existe uma regra: nenhum cliente que financie um imóvel pode gastar mais do que 30% nas parcelas.
Sendo assim, não basta que o indivíduo tenha um salário razoável: é necessário que ele contabilize esses 30% e confira se o banco considera que se trata de um valor suficiente para o financiamento desejado.
Suponha-se que uma pessoa tenha como salário bruto um valor que fique até R$ 2.500: acontecendo isso, o banco permitirá que ele faça um financiamento cujas parcelas sejam de, no máximo, R$ 750.
Por outro lado, existe uma faixa de parcela para as pessoas que têm uma renda que não passe de R$ 1.800: esses nunca poderão pagar mais de R$ 540 mensalmente.
Vale reforçar: os bancos consideram como renda TUDO o que aparece no comprovante de pagamento, ou seja, os valores usados por eles para determinar em qual faixa de financiamento a pessoa se encontra não excluem os impostos.
Emprego estável também é considerado importante no financiamento de uma casa
Infelizmente, pessoas que não têm um emprego estável encontram bem mais dificuldades para realizar o seu financiamento de uma casa e isso acontece em praticamente todos os bancos.
O motivo é que, sem um emprego estável, fica mais complicado para as instituições acreditar que o cidadão vai conseguir pagar todo o financiamento.
Por isso, quem está planejando financiar uma casa ou apartamento precisa providenciar comprovantes de pagamento recentes e até apresentar a sua carteira profissional a fim de dar garantia ao banco de que existe um emprego registrado.
É claro que as pessoas autônomas também têm a possibilidade de financiar um imóvel, mas tona-se mais complicado comprovar os rendimentos e a capacidade de arcar com o financiamento.
Nesses casos, é comum que o banco peça ainda mais documentos e até mesmo que seja necessária uma garantia.
Uma dica é que o autônomo tenha registro de formalidade, mesmo que seja de Microempreendedor Individual (MEI). Com a existência de um CNPJ, fica mais simples mostrar ao banco que se tem uma renda estável.
Juntar extratos bancários é outra estratégia válida na hora de financiar.